MJFanForum Radio

MJFanForum Radio

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Batman: O Cavaleiro das Trevas... pra sempre.

Com apetrechos tecnológicos e treinamento extensivo, Batman é o exemplo de que não é preciso super poderes para ser um super herói de sucesso contínuo.

É incrível como super heróis não saem da moda entre os jovens e até mesmo alguns adultos. Embora os personagens tenham sido inventados já há muitos anos, filmes, games, livros e gibis continuam as aventuras para novas gerações, que não deixam que o herói caia no esquecimento. Um bom exemplo é o já clássico Cavaleiros das Trevas, Batman.

O herói testemunha
Gotham City das alturas
O então menino Bruce Wayne, ao sair de uma peça de teatro com os pais numa fatídica noite, assiste seus pais serem assassinados a tiros por um assaltante na porta do teatro. Traumatizado e indignado com tal acontecido, Bruce usa seu dinheiro para viajar mundo afora, tentando compreender a mente criminosa e adotando e aprendendo diversos estilos de combate e de artes marciais, de modo que seu intelecto e força física tornem-se invejáveis. O que difere o super herói de outros personagens famosos como Homem Aranha e Super Homem é o fato de que Bruce não possui super poderes, apenas acessórios e utensílios tecnológicos, combinados com estratégia, inteligência e força, estes últimos dotes sendo adquiridos com treinamento e esforço. Além disso, Batman adota um estilo de combate bastante exclusivo, que é o de usar o medo do inimigo como vantagem em batalha. Poucos sabem que o maior medo de Bruce Wayne quando criança era morcegos, o qual surgiu ao cair em um poço e ser aterrorizado pelas criaturas noturnas até o encontrarem. Bruce aprende a confrontar e dominar seu temor, usando-o, juntamente com seu traje e suas armas, para se tornar Batman, o defensor de Gotham City. É bom frisar que, por conta de seus pais terem sido mortos a tiros, o herói despreza armas de fogo.

O ator Christian Bale,
atual Batman dos cinemas
Aparecendo pela primeira vez no ano de 1939, até hoje o super herói estrela novos materiais, com extremo sucesso. Nas telonas, desde 1989 os atores Michael Keaton, Val Kilmer, George Clooney e Christian Bale já viveram sob a pele do herói. No filme Batman Begins, lançado em 2005 e com o ator Christian Bale no elenco, reconta a história de como o milionário Bruce Wayne tornou-se o defensor da fictícia cidade de Gotham City, e foi um tremendo sucesso de crítica e público. Desde então, saiu em 2008 a continuação da saga intitulada O Cavaleiro das Trevas, com o super vilão Coringa sendo interpretado por Heath Ledger, o que lhe rendeu um Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante. Atualmente, espera-se o próximo filme a ser lançado em 2012.

Capa oficial do game
Batman: Arkham Asylum
Nos videogames, inesperadamente o personagem retoma o sucesso que havia carregado na época do console Super Nintendo, ao ser lançado o game Batman: Arkham Asylum, em 2009, para PC e os consoles Xbox 360 e Playstation 3. Com o Coringa como vilão principal e aparições secundárias de Harley Quinn, Charada, Espantalho dentre outros, o game faz com que o jogador utilize o intelecto de Bruce Wayne para decifrar enigmas e charadas de Edward Nigma, o Charada, e a força bruta para combater os capangas de Coringa, demonstrando diversos golpes e habilidades de Batman, enquanto percorre o terreno do hospício para criminosos Arkham Asylum. O sucesso foi tanto que o jogo foi premiado como Jogo do Ano em 2009 e teve uma versão especial lançada em 2010.

Capa oficial do game
Batman: Arkham City
Na continuação lançada em outubro de 2011, Batman: Arkham City traz uma melhoria significativamente grande para os jogadores brasileiros: o jogo inteiro é legendado em português do Brasil e traz menus, mapas e fichas totalmente traduzidos. Inclusive os troféus, dados de vilões e personagens etc estão absolutamente bem escritos e impecavelmente traduzidos, o que esclarece bastante a história do game para quem não domina o idioma inglês. A jogabilidade e modo de combate são basicamente os mesmos, com a diferença de que agora não existe apenas um vilão principal na história. Nomes famosos no mundo do Homem Morcego como o Coringa, Charada, Zsasz, o Pinguim, Duas Caras, Mulher Gato e Sr Frio dividem a mesma região de Gotham City que foi transformada em uma expansão do hospício palco do primeiro jogo, denominada pelos internos com o nome de Arkham City.

Em outras palavras, Batman é o super herói do momento. Apesar de outros super nomes como Lanterna Verde, Capitão América, Thor, Homem Aranha dentre mais terem seu espaço na mídia, é Batman que eclode toda vez que sai um novo game ou filme, batendo incríveis números de vendas e de bilheteria. E o melhor: surpreendendo não só os fãs de carteirinha do personagem, mas também quem procura assistir um bom filme ou jogar um belo game.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rafinha Bastos e piadas de mal gosto

O caso da piada de mal gosto que virou manchete no país todo e pode acabar em multa e prisão

Ah, o humor! O humor é algo engraçado, literalmente. É uma área que, embora englobe o mesmo objetivo, fazer rir, há tantas divergências e tantos modos de se apresentar. Das trapalhadas dos Trapalhões e do Chapolin, aos moldes de Zorra Total e A Praça É Nossa e aos shows ao vivo de improviso e stand up, diferentes modos de se fazer rir. Pena que as pessoas que assistem esquecem que é este o propósito.

Claro que existem piadas e insinuações que passam longe de terem graça, apesar de depender muito de quem ouve. Afinal se alguém ri de uma piada sobre homossexual não significa que o sujeito seja homofóbico. Assim como os homossexuais tem que entender que também não significa que o contador da piada seja homofóbico. Você com certeza já riu de alguma piada sobre português, certo? Mas nem por isso você ou seu amigo que contou odeia quem é natural de Portugal e nem acha que sejam burros. As pessoas devem aprender a rir de si próprias, não concordando com algo preconceituoso ou ofensivo, e sim apenas por rir. É óbvio que existam piadas maldosas que não devem ser interpretadas desta forma, mas quando se é levado a altos níveis ultrapassando o que é mais importante e urgente, é errado.


Na bancada do CQC, programa da Band, Marcelo Tas comenta sobre como a cantora Wanessa Camargo, grávida, está bonita. Foi aí que o apresentador a sua direita, Rafinha Bastos, soltou: “comeria ela e o bebê, Marcelo Tas”. Poderia ser apenas mais uma piada idiota do Rafinha e ele poderia ter pedido desculpas no programa seguinte, como fez com Daniela Albuquerque, mas acontece que o marido da cantora é um empresário que tem laços financeiros com a emissora na qual aconteceu o incidente. Ou seja, é a velha história, se o amigo pobre bate no amigo rico da escola, o amigo rico tem poder pra fazer o que quer em resposta ao ataque, que nem sempre é mal intencionado. Foi realizado um processo na Justiça em nome do casal e do bebê que ainda está por vir, este último sendo retirado do processo por decisão judicial.

A produção do programa acertou por retirar Rafinha da bancada. Este por sua vez encaminhou sua carta pedindo demissão a emissora. Logo após a saída de Rafinha do programa, uma visível queda de audiência foi reportada por vários sites e jornais. Porém durante uma entrevista via e-mail com a Folha de São Paulo, Rafinha respondeu de modo grosseiro a uma das perguntas da editoria do jornal, o que subitamente mudou a reportagem relacionada, que passou a ser “CQC sem Rafinha Bastos mantém mesma audiência.” Isso demonstra como os jornais são capazes de distorcer os fatos de acordo com seu bel prazer. Por outro lado, Wanessa até então não havia se pronunciado. E cada passo das duas partes continua por virar manchete nos jornais, sites e colunas. Wanessa se pronunciou posteriormente dizendo que, se o comediante pedisse desculpas, ela retiraria o processo da Justiça. Pena que foi dito só depois de todo o estardalhaço feito em cima da piada. Todos entendem que na futura mãe o baque da piada de mal gosto é maior e mais danoso, porém a decisão de levar a Justiça algo que poderia ser resolvido sem tempestade nos bastidores, de modo mais saudável tanto para o casal quanto para o bebê, foi totalmente desnecessária, o que acaba resultando em uma súbita vontade de atenção. Por falar nisso, alguém lembra de algum álbum ou single recente de Wanessa Camargo tocando nas rádios ou na TV?

Rafinha errou, assim como todos erram em suas profissões, só que nem todos quando erram precisam pagar milhares em dinheiro e nem correm o risco de ser preso. Tampouco sofrem com hipócritas que dizem ser politicamente corretos mas assistem um show de entretenimento que visa fazê-los rir esperando um vacilo pra poder alfinetar o humorista ou denegri-lo de alguma forma.

Enquanto a mídia cobre o caso com total exatidão sem nenhuma necessidade, assuntos mais importantes que merecem maior atenção da população passam despercebidos. Pessoas opinam contra o apresentador, mas mal sabem o que se passou, levando em conta apenas que ‘ele falou e pronto’, sem conhecimento do caso nem das entrelinhas.

E o pior, o que o CQC realmente mostra, que é o descaso, despreparo e a corrupção dos políticos, é totalmente ignorado pela imprensa e pela própria população, que prefere comentar sobre como aquele humorista FDP deve pagar caro pelo seu erro, esquecendo, ou preferindo não encarar, que os que realmente precisam pagar caro riem a toa vendo como suas ações ilegais não são nada divulgadas e ainda assistem o público revoltado. Revoltado sim, mas não por conta de seus roubos dos cofres públicos, e sim por piadas de mal gosto. É aí que tudo vira uma verdadeira piada.