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segunda-feira, 20 de maio de 2013

GameAnálise:
The Walking Dead: Survival Instinct

Parece que tudo que envolve o nome The Walking Dead atualmente é sinônimo de sucesso e qualidade. Os gibis da saga bateram as vendas das gigantes Marvel e DC Comics em 2012, o seriado produzido pela AMC que acaba de finalizar a terceira temporada é recordista de audiência e o primeiro game baseado em sua história ganhou prêmio de Game do Ano também no ano passado. Embora Survival Instinct tenha sido até mais esperado que o já premiado game anterior, dificilmente podemos considerar que o título provou-se merecedor de tamanha expectativa.
Para os amantes da série, o game já anunciava um fato tremendo: Daryl Dixon, um dos personagens mais adorados da série, é o protagonista de “Instinto de Sobrevivência,” ainda com dublagem original do ator Norman Reedus. O enredo promete contar o que aconteceu antes que ele e seu irmão casca grossa Merle, dublado pelo ator da série Michael Rooker, encontram o ‘xerife’ Rick Grimes e todo o resto dos sobreviventes em Atlanta como já mostrado pela primeira e segunda temporada exibidas na TV. Pela curiosidade, sim, o game vale, mas somente para os fãs de Daryl e do seriado.


Comandos e Jogabilidade

Jogado em primeira pessoa, acompanhamos Daryl em busca de seu irmão Merle através do apocalipse zumbi que assola o planeta. A proposta do jogo é manter o clima do seriado, aonde deve-se sair em busca de suprimentos nos locais abandonados em meio a errantes que sentem seu cheiro, escutam ruídos e te cercam sem piedade. Portanto, a execução stealth dos zumbis é essencial para não atrair uma horda pra cima de você, que já pode se complicar se for cercado por dois ou mais deles.
Os movimentos de Daryl são os típicos de qualquer game de tiro em primeira pessoa. É possível pular, agachar, andar agachado e correr em disparada. A interação com os objetos é bem baixa, não sendo possível abrir gavetas, armários, malas, mochilas ou carros.

A movimentação dos personagens é altamente mecânica e robótica. A repetição do movimento que os zumbis fazem após receber o mesmo golpe incomoda por parecer não haver física no game. Após um zumbi ser abatido, ele cai como um boneco no chão sem aparentar estar realmente sofrendo danos.
As armas que podem ser utilizadas para combate vão desde armas brancas (como faca, machete, machado, cano, taco de beisebol) até armas de fogo (como pistolas, espingardas, metralhadoras), claro que contanto com a presença da característica besta e suas flechas como vista na TV. Embora seja convidativo carregar estas armas e abrir fogo sem pensar duas vezes contra os inimigos, o monte de zumbis que brota do seu lado para te cercar é desanimador. Isso mesmo, você não atrai zumbis que estão nas redondezas do cenário. Caso você faça um ruído alto, seja um alarme de automóvel ou disparo de arma de fogo, irão brotar errantes ao redor do local para te cercar até que você esfrie a cabeça e passe a eliminá-los silenciosamente sem atrair atenção. Sendo assim, as chances de se utilizar livremente as munições e as armas são praticamente nulas, pois o game te força a prosseguir matando os errantes no modo stealth.


Toque de sobrevivência



Durante a jogatina, Daryl e os sobreviventes seguem cruzando o país de carro, o que pode lhe acarretar problemas como pneu furado ou carburador quebrado. Estas paradas forçam o jogador a sair do carro em busca da localidade mais próxima a procura do objeto para manutenção do veículo e prosseguimento da viagem até o objetivo principal. Em todas as paradas, a exploração é essencial, pois é preciso reunir galões de combustível para seu veículo não morrer em plena estrada. O que acaba por chatear é que os locais se repetem com frequência, alternando apenas objetivos e períodos do dia. Por exemplo, você pode ter explorado uma fazenda em busca de comida e gasolina de dia, mas caso seu carro quebre a noite e seja necessária uma varredura por solução, é possível que caia exatamente o mesmo cenário, apenas com a mudança de objetivo. Essa falta de variedade de cenários extras diminui a vontade de se aprofundar mais na exploração dos locais.

A cada término de objetivo principal, uma localização é criada automaticamente no mapa como guia para o próximo objetivo, o que pode ser um lugar que prometeram abrigo e segurança ou um palpite de local seguro para passar a noite. Neste momento, o jogo te concede três opções de rota: backroads, streets e highways. Ou seja, você pode optar por viajar por atalhos (backroads), de modo que gaste menos gasolina e amplie as chances de se encontrar suprimentos, pelas ruas comuns (streets) cuja rota equilibra gasto de combustível e chances de se quebrar o veículo, e pelas estradas e rodovias asfaltadas (highways) as quais fornecem uma rota mais rápida sem paradas por suprimentos porém o força a parar para procurar combustível com mais frequência.


O modo campanha do jogo é curto, não totalizando mais que 06 horas de duração.


A cada parada, você vai encontrar diversos sobreviventes pedindo por ajuda, como enfermeiras, estudantes e policiais dispostos a prosseguir viagem com você. No entanto, dependendo do espaço que você tem de assentos disponíveis no seu atual veículo, é preciso dispensar alguns deles.  Toda vez que se inicia um exploração, eles ficam disponíveis para te ajudar, seja a procura de combustível, comida, medicamentos ou cartuchos de balas, munidos com uma arma de sua escolha. Ainda assim, o game não desenvolve nenhuma espécie de laço entre o jogador e os sobreviventes nada carismáticos, o que frisa ainda mais a ausência do drama e emoção que o seriado tanto fincou em seus fãs. Logo, levar ou não os sobreviventes com você é apenas uma estatística, nada que prejudique nossa decisão.

Lançado para PC, PS3, Xbox 360 e Wii U, The Walking Dead: Survival Instinct é um jogo mediano de matança de zumbis de ação e aventura em primeira pessoa. Não chega a ser péssimo, mas por conta de toda a expectativa dos fãs poderia ser bem melhor. Se você é fã de apocalipses provocados por morto vivos, provavelmente vai curtir a aventura. Já se você é fã de Daryl e Merle Dixon e do seriado da AMC, vale ainda mais a pena a jogatina por conta de curiosidades e para se descobrir o que aconteceu antes dos irmãos conhecerem toda a turma do seriado.

No mais, caso seja preferível aquela sensação de sobrevivência que este game prometeu e não cumpriu totalmente... já ouviu falar em Dead Island?

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Versões (Des)conhecidas #01:
I Will Always Love You

“And IIIIIIIIIIIIIII will always love you youuuu...”

Você pode até não conhecer a cantora, o filme ou o título, mas com certeza já ouviu e até já cantarolou o refrão da excelente “I Will Always Love You”.


Poucos sabem, talvez pelo estrondoso sucesso desta versão, porém a gravação original não é a que todos conhecem. Abaixo seguem os detalhes.


Versão Original

 A canção “I Will Always Love You” foi originalmente gravada por Dolly Parton, no ano de 1973 (ouça pelo vídeo abaixo). Parton compôs a canção para seu ex marido, do qual na época estava se divorciando, talvez seja por isso que a forte letra romântica e sincera tenha impactado tanto. Embora o sucesso tenha sido grande e a música bem recebida pelo público e pelos críticos, nada se comparava a futura versão que ainda estaria por vir.







Versão Cover

Whitney Houston, uma das vozes femininas mais belas e poderosas a espanar a década de 80 com canções já consagradas (Greatest Love of All, Saving All My Loving For You, You Give Good Love), regravou a canção de Parton 19 anos depois, em 1992, como parte da trilha sonora do filme O Guarda-Costas, estrelado pela própria cantora e pelo ator Kevin Costner. O que já era sucesso acabou sendo épico em sua voz, e “I Will Always Love You” tornou-se um dos singles mais vendidos de todos os tempos, sendo muitas vezes mais lembrada do que o próprio filme do qual fez parte!






Controvérsias


Tablóides noticiaram na época que a cantora original Dolly Parton não iria mais apresentar a canção enquanto a cover de Houston estivesse nas paradas de sucesso. Posteriormente o rumor foi desmentido pela própria Parton, em entrevistas concedidas para a imprensa, aonde ela afirmou que amou a canção que compôs na voz de Whitney.


Após a morte de Whitney Houston em 2012, Parton se pronunciou com as seguintes palavras: “Sempre serei grata pela linda performance que ela criou de minha música e posso sinceramente dizer do fundo do meu coração; Whitney, eu sempre te amarei. Sentiremos saudades.”


E você, o que achou de ambas versões e qual a sua preferida? Deixe seu comentário!