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sábado, 19 de maio de 2012

Análise: Who’s Bad – The Ultimate Michael Jackson Tribute Band

Com três shows em solo brasileiro, a banda (traduzindo literalmente: A Maior Banda Tributo de Michael Jackson) apresenta um espetáculo digno para o maior artista da música internacional que já viveu


Estive na noite de quarta-feira, dia 16/05, no bairro de Pompéia, São Paulo, na apresentação da banda norte americana Who’s Bad, cujo repertório é totalmente composto das melhores canções da carreira de Michael. Com o objetivo de perpetuar (ainda mais) as músicas e trabalho de Michael Jackson, a banda é integrada por dois back vocal, também dançarinos, dois covers de Michael (que variam as músicas), um baterista, um baixista e um guitarrista. Todas as canções são apresentadas ao vivo, sem nenhum CD ou MP3 de Michael rolando de fundo. Os cantores, sempre vestidos a la Michael, apresentam um vocal diferente do original de Michael, mais puxado para o lado do jazz, bem americanizado. As coreografias, embora algumas vezes modificadas, são executadas em perfeita sincronia e correspondem muito as originais.
Sem palavras também para os músicos que tocaram os instrumentos, em especial ao baterista, que dá um show a parte ao final de Black or White!

O repertório da banda traz os maiores sucessos de Michael, espanando desde o medley de Jackson 5 até as mais recentes They Don’t Care About Us e Earth Song.

O baterista Darion Alexander
O que me surpreendeu foi a performance de uma canção que Michael nunca performou ao vivo, a pérola às vezes abandonada do álbum Thriller: P.Y.T. (Pretty Young Thing). É muito bom poder acompanhar uma canção nunca apresentada ao vivo por Michael, pois, para quem já é fã de longa data e sabe os passos de cabeça, é satisfatório assistir uma nova coreografia baseada nos movimentos do artista, e acredito que tenha sido este o motivo dos dançarinos de apresentá-la na performance.

O que estranhei de inicio mas depois me conformei foi o figurino e aparência adotada para alguns números. Um bom exemplo é a primeira aparição de um dos dois covers, em Rock With You. A visão que vem na mente dos fãs e dos admiradores ao ouvir aquela introdução de bateria é o Michael adulto, com 21 anos, black power e traje brilhante, mas no lugar o cover entra no palco com um terno semelhante ao utilizado por Michael em meio ao julgamento de 2005, incluindo o óculos escuros e o cabelo liso no ombro. Vendo por outro lado, acredito que o propósito da banda neste quesito foi o de inovar, não apresentar o que muitos covers e homenagens a Michael já fazem com freqüência, e conceder uma novidade ao público.

Joseph Bell, um dos covers
de Michael Jackson
Outra diferença das já famosas performances foi na apresentação de The Way You Make Me Feel. O dançarino convida, de inicio, várias “garotas bonitas” para subir no palco, mas o público todo que se senta próximo ao palco na parte baixa do teatro obedece, inclusive crianças. O cover então dá espaço para cada um mostrar suas habilidades artísticas executando os famosos passos de Michael, enquanto as garotas interagem com o artista imitando, é claro, a modelo Tatiana Thumbtzen no clipe da música.

O grupo, além de muito talentoso, demonstra simpatia e afeição, parando várias vezes entre as canções para cumprimentar e conversar com o público. É claramente uma distração para que o palco e o outro cover se preparem para as próximas danças, mas os agradecimentos e elogios a Michael Jackson cativam, fazendo com que o público interaja e obedeça as palavras do cover, quando este pede para gritar, bater palmas etc, e demonstrar seu carinho e amor a Michael.

Enfim, a coreografia modificada de Smooth Criminal e alguns figurinos que não correspondem a música tocada não influencia no enorme talento dos integrantes da banda, e na intenção de perpetuar e divulgar a carreira do mais extraordinário e completo artista de todos os tempos. Who’s Bad: The Ultimate Michael Jackson Tribute Band é um show digno a Michael, feito por fãs para fãs, e só por este lado já merece a atenção e presença dos fãs e admiradores.