Dentro de nossa sociedade convivemos com o livre arbítrio. Isso significa que você tem a liberdade de fazer o que quiser, ser como quiser, vestir o que quiser... enfim, do modo que você gosta, prefere e se sente melhor.
Algumas pessoas adotam estilos. Isso inclui ouvir um tipo selecionado de música, andar com roupas de acordo, turmas, acessórios e derivados.
Eu particularmente não sou de turma alguma. Uso roupas normais, tradicionais, não sou de comprar óculos e agasalhos caros da marca “descolada” ou pulseiras de metal que outros acham “foda”, estojos de maquiagem ou penteados diferentes. Meu estilo é simples: só eu. Porém acredito que se a pessoa adota um estilo é porque significa algo muito forte pra ela. Seja na sonoridade das músicas, nas vestimentas, a adoção de um estilo vai além de apenas apreciar determinado ritmo musical ou moda. São pessoas admiráveis que saem nas ruas algumas vezes de jeitos chamativos e esdrúxulos, mas estando bem consigo mesmas, e isso vem em primeiro lugar para todos. Julgar alguém pelo jeito que se veste, pela música que curte, pelo estilo adotado, é ignorância. Você pode se surpreender do quanto estas pessoas que tem certas aparências, a seu ver, esquisitas, são legais, simpáticas e comunicativas.
Mas além de pessoas estilosas temos que conviver também com pessoas sem estilo algum querendo forçar-se a tornar-se alguma coisa. Imagine a cena, um adolescente que ouve muito Nightwish ou Black Sabbath por diversão acordando numa manhã refletindo ainda na cama: “Hoje acho que vou virar gótico ou metaleiro.” Acredito que a busca repentina e incessante por um estilo vem da vontade de ser reconhecido por amigos, de se enturmar em grupos, comunidades, baseando-se apenas em vestimentas que acha bacanas ou músicas que gosta. Ou então causada por algum trauma ou revolta, no desespero de provar algo a alguém ou a si próprio. Deste modo, a pessoa acaba obrigando-se a ouvir outras bandas, ir a outras baladas e etc. que no fundo, no fundo ela não curte, mas faz por conta do estilo adotado. Só termina em caos.
Um estilo deve vir de dentro, do coração, não acordando numa manhã ou num relapso do nada resolvendo o que vai ser. É algo que, quando pensado da maneira certa e com um forte propósito de vida, funciona e torna-se algo bonito e bacana de se conviver junto.