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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Violência nos video games... de novo?

Após tragédia de Realengo, a mídia e política focam-se novamente nos games e na violência de suas jogabilidades. Mas será que eles são mesmos os culpados?

Cena do game God of War
Não importa aonde se olhe. Jornal, revista, TV, internet, tem sempre alguém citando os games e seus atos violentos como culpados por ter influenciado a mente de algum jovem que cometeu tragédias brutais ou imorais.

Claro, já faz muito tempo que videogames deixaram de ser coisa de criança. Como disse em um post mais antigo, foi-se o tempo em que pular na cabeça de tartarugas era sinônimo de diversão eletrônica. Atualmente, como este meio atinge faixas etárias diversificadas, parece que matar pedestres indefesos a facadas ou metralhados ou esquartejar inimigos é mais divertido que passear na anca do nosso querido Yoshi.

Imagem do game True Crime
A política brasileira, mais em específico o deputado Alfredo Kaefer (PMDB-SP), desde meados de 2010, procura levantar leis que proíbam a locação, venda e exportação de games violentos em solo brasileiro. Avaliando por certos ângulos, seria a coisa correta a se fazer, já que é impossível peneirar as pessoas que não estão em sã consciência de diferenciar um massacre virtual de um real de pessoas de mente mais aparafusada. Porém, se este for o caminho seguido, então que se proíbam também a locação, vendas e exportação de filmes pornôs e de filmes nacionais violentos como Tropa de Elite e Carandiru. Pois se o jovem se influencia com cenas eróticas ou brutais de videogames, ao lógico é que pouco se diferencia de filmes ou outros meios que demonstram tais características.


O caso do atirador Wellington Menezes, que invadiu uma escola no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, refrescou a mente do público, que subitamente recordou-se dos casos ocorridos nas escolas dos Estados Unidos e, conseqüentemente, que a “razão” pela qual os assassinos agiram assim na terra do Tio Sam foi por causa de games violentos. Porém não creio que este seja o cenário real.

Acredito que a mídia e imprensa em geral (sem falar na opinião pública) tende a vitimar o que de mais cruel aconteceu na vida daquele assassino. Ou seja, se ele não teve uma infância ruim, não foi espancado pela mãe nem abusado sexualmente pelo pai, se ele não tinha se metido com bullying na escola... então ele matou porque ele jogava videogame! Só pode ser! Faz sentido, certo? Na verdade, não.

Dificilmente as cenas retratadas em games são os culpados pelas tragédias da vida real, pois os jogadores que interagem com tal material não são influenciados pelo mesmo. Eu, como gamer, posso afirmar que o legal de se esfaquear pedestres, atropelar inocentes e metralhar meio mundo no videogame é exatamente porque na vida real não podemos fazer isso tudo. O videogame é uma fórmula de escape e pode ter certeza que, com jogadores conscientes em frente ao controle, quem joga pode curtir aquela carnificina no game, porém abomina de todos modos a violência no mundo real.

Para terminar o post, acho admirável a ação do deputado Alfredo Kaefer, porém não posso deixar de pensar se ele já parou para avaliar se os verdadeiros culpados pelos desvios nas mentes jovens brasileiras menos favorecidas estejam sentados próximos a ele.


Leia neste mesmo blog: A violência dos videogames realmente influencia os jovens?


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6 comentários:

SaMy SaM disse...

Daniel muito bom seu post, em questão eu só rebato uma coisa ele sofreu bullyng na escola, mais isso não quer dizer que se ele jogava video game em especial os de ação, terror psicólogico ou algo parecido isso tenha afetado a mente dele e sair por aí atirando nas pessoas, fato esse que na terra do tio Sam como você comentou tmbém não concordo que oque levou aqueles caras em Comlubine a fazerem tal chacina tenha sido os games e sim por bullyng de novo... mais por que a mídia sempre joga a responsabilidade para os games? isso é uma questão realmente a ser discutida por nós fãs e darmos credibilidade e esse fator.
Sou muito fã de games em especial os de ação como Resident evil mais nunca me passou pela cabeça matar as pessoas só que eu gosto de matar Uruboros rsrsrs...por aí você tira..

Abraços

Anônimo disse...

Gostei do seu post Daniel. E não consegui deixar de comentar: pra mim, a mídia (e os desinformados de plantão) colocam a culpa nos games pra não encarar que a verdadeira culpa é deles mesmo... governantes e até mesmo os próprios pais. No caso de Realengo, foi comentado que o atirador sofreu bullying (uma palavrinha nova pra um problema antigo)... não seria hora de encararmos o fato de que estamos sendo negligentes com o cuidar e educar de nossas crianças? Cada um encara de uma forma diferente as experiências vividas... pra uns o que é uma brincadeira boba de crianças, pra outros pode causar traumas sérios... principalmente na infância, em pleno desenvolvimento da personalidade.
Tbm gosto de games violentos... mas minha mãe desde sempre me orientou de que aquilo não deveria ser feito na vida real.
E mais... fala-se sobre a influência dos games sob as crianças... mas quem deve orientar e cuidar o que os filhos andam jogando? Será o fabricando do game ou os pais?
Acho que tudo começa na criação e na orientação que os pais dão aos filhos... porém alguns preferem passar tal responsabilidade pras escolas, pro governantess e até mesmo pros jogos de videogames... É como dizem "educação vem de casa!"... creio que uma família desestruturada influencia muito mais na personalidade de um indivíduo do que o Mortal Kombat! (por Tay)

Gustavo disse...

Muito bom seu post, usei ele como base pra fazer um trabalho de escola, todos se surpreenderam quando eu contrariei a ideia de que games violentos incentivam a violencia. Muito bom.

Gustavo Plaster disse...

Eu acho um absurdo tentarem fazer tais coisas com os jogos, eles são divertidos e por isso mesmo gostamos de fazer estes tipos de coisa, eu não acho que eles deviam estar pensando em proibir games, pelo contrário acho que deviam pensar na alta carga tributária reinscindida sobre eles, a indústria dos games é maior até q a do cinema, acho que o Brasil poderia aproveitar isso melhor e não considerar em tirar isso.

Anônimo disse...

OLÁ, ALGUM TEMPO VENHO PERCEBENDO NA INTERNET O CRESCIMENTO DOS VLOGS DE CHARLIE MCDONALL ,E NÃO TEM EM PORTUGUES ,VOCÊ SERIA MUITO PRESTIGIADO E TODOS NÓS AGRADECERIAMOS SE VOCÊ TRADUZIR ESSE VIDEOS . AGREDECIDO

Anônimo disse...

OO certo é charlie mcdonnell aiiii eu sou fâ delii queria que fosse traduzido!!!ele é muito lindo