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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rafinha Bastos e piadas de mal gosto

O caso da piada de mal gosto que virou manchete no país todo e pode acabar em multa e prisão

Ah, o humor! O humor é algo engraçado, literalmente. É uma área que, embora englobe o mesmo objetivo, fazer rir, há tantas divergências e tantos modos de se apresentar. Das trapalhadas dos Trapalhões e do Chapolin, aos moldes de Zorra Total e A Praça É Nossa e aos shows ao vivo de improviso e stand up, diferentes modos de se fazer rir. Pena que as pessoas que assistem esquecem que é este o propósito.

Claro que existem piadas e insinuações que passam longe de terem graça, apesar de depender muito de quem ouve. Afinal se alguém ri de uma piada sobre homossexual não significa que o sujeito seja homofóbico. Assim como os homossexuais tem que entender que também não significa que o contador da piada seja homofóbico. Você com certeza já riu de alguma piada sobre português, certo? Mas nem por isso você ou seu amigo que contou odeia quem é natural de Portugal e nem acha que sejam burros. As pessoas devem aprender a rir de si próprias, não concordando com algo preconceituoso ou ofensivo, e sim apenas por rir. É óbvio que existam piadas maldosas que não devem ser interpretadas desta forma, mas quando se é levado a altos níveis ultrapassando o que é mais importante e urgente, é errado.


Na bancada do CQC, programa da Band, Marcelo Tas comenta sobre como a cantora Wanessa Camargo, grávida, está bonita. Foi aí que o apresentador a sua direita, Rafinha Bastos, soltou: “comeria ela e o bebê, Marcelo Tas”. Poderia ser apenas mais uma piada idiota do Rafinha e ele poderia ter pedido desculpas no programa seguinte, como fez com Daniela Albuquerque, mas acontece que o marido da cantora é um empresário que tem laços financeiros com a emissora na qual aconteceu o incidente. Ou seja, é a velha história, se o amigo pobre bate no amigo rico da escola, o amigo rico tem poder pra fazer o que quer em resposta ao ataque, que nem sempre é mal intencionado. Foi realizado um processo na Justiça em nome do casal e do bebê que ainda está por vir, este último sendo retirado do processo por decisão judicial.

A produção do programa acertou por retirar Rafinha da bancada. Este por sua vez encaminhou sua carta pedindo demissão a emissora. Logo após a saída de Rafinha do programa, uma visível queda de audiência foi reportada por vários sites e jornais. Porém durante uma entrevista via e-mail com a Folha de São Paulo, Rafinha respondeu de modo grosseiro a uma das perguntas da editoria do jornal, o que subitamente mudou a reportagem relacionada, que passou a ser “CQC sem Rafinha Bastos mantém mesma audiência.” Isso demonstra como os jornais são capazes de distorcer os fatos de acordo com seu bel prazer. Por outro lado, Wanessa até então não havia se pronunciado. E cada passo das duas partes continua por virar manchete nos jornais, sites e colunas. Wanessa se pronunciou posteriormente dizendo que, se o comediante pedisse desculpas, ela retiraria o processo da Justiça. Pena que foi dito só depois de todo o estardalhaço feito em cima da piada. Todos entendem que na futura mãe o baque da piada de mal gosto é maior e mais danoso, porém a decisão de levar a Justiça algo que poderia ser resolvido sem tempestade nos bastidores, de modo mais saudável tanto para o casal quanto para o bebê, foi totalmente desnecessária, o que acaba resultando em uma súbita vontade de atenção. Por falar nisso, alguém lembra de algum álbum ou single recente de Wanessa Camargo tocando nas rádios ou na TV?

Rafinha errou, assim como todos erram em suas profissões, só que nem todos quando erram precisam pagar milhares em dinheiro e nem correm o risco de ser preso. Tampouco sofrem com hipócritas que dizem ser politicamente corretos mas assistem um show de entretenimento que visa fazê-los rir esperando um vacilo pra poder alfinetar o humorista ou denegri-lo de alguma forma.

Enquanto a mídia cobre o caso com total exatidão sem nenhuma necessidade, assuntos mais importantes que merecem maior atenção da população passam despercebidos. Pessoas opinam contra o apresentador, mas mal sabem o que se passou, levando em conta apenas que ‘ele falou e pronto’, sem conhecimento do caso nem das entrelinhas.

E o pior, o que o CQC realmente mostra, que é o descaso, despreparo e a corrupção dos políticos, é totalmente ignorado pela imprensa e pela própria população, que prefere comentar sobre como aquele humorista FDP deve pagar caro pelo seu erro, esquecendo, ou preferindo não encarar, que os que realmente precisam pagar caro riem a toa vendo como suas ações ilegais não são nada divulgadas e ainda assistem o público revoltado. Revoltado sim, mas não por conta de seus roubos dos cofres públicos, e sim por piadas de mal gosto. É aí que tudo vira uma verdadeira piada.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eh ainda existe pessoas que não entende que o humor é importande para as pessoas,tirando dos brasileiros um dos melhores jornalista humristico do brasil.Humor nuca é demais. volta Rafinha!!! vlw big Daniels

Josiane disse...

Sinto falta do Rafinha no programa, porem ele extrapolou na piada com a onda de pedófilos no Brasil dizer que comeria ela e o bebe foi demais!!Por outro lado o esposo de Wanessa abusou do poder que pensa que tem, e que os corruptos cederam a ele!!

Anônimo disse...

Acho que o Rafinha extrapolou na piada sim, mas a reação a ela tambem foi muito exagerada
Mas eu acho que a sua volta a Band mostra que a emissora reconheceu que foi dura demais com ele e voltou atrás
E acho que o Rafinha vai pegar um pouco mais leve daqui pra frente, afinal, quem é inteligente aprende com as experiencias da vida e tira o melhor proveito delas

salamonhaas disse...

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